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14 de março de 2010

VIAGENS DE CLAUDIA - Revista Elas e Lucros n. 10



Quando o assunto é viagem é possível encontrar orientações sobre como escolher o destino, quantos dias viajar, onde se hospedar, qual meio de transporte usar, como organizar o orçamento, como planejar o roteiro, o que levar na mala. Mas há um aspecto tão ou mais importante que tudo isso no qual não se fala, ao menos não tão abertamente: com quem viajar e com quem não viajar. Resolvi falar sobre isso porque perdi a conta das experiências catastróficas que já ouvi. E posso garantir, ninguém volta para casa feliz, fica uma manchinha negra na história daquela viagem.

Não tenho a pretensão de listar uma dúzia de características pessoais que, se preenchidas, afastarão em definitivo a sua melhor amiga de seus planos para as próximas férias. Afinal, ninguém melhor do que você para saber se alguém pode ou não te acompanhar naquela viagem tão sonhada. Mas responder as indagações baixo pode evitar que seu sonho se transforme em pesadelo e sua amiga, em inimiga. E lembre-se de ser verdadeira: não construa sua própria armadilha.
  1. Há identidade orçamentária? As viajantes não tem que dispor de valores idênticos, mas precisam ao menos pretender o mesmo padrão de viagem. Ficar em albergue e andar de trem pode ser incompatível financeiramente com hospedar-se em hotel de charme e alugar carro.
  2. Comer é importante? Se você não abre mão de café-da-manhã, almoço e jantar e sua amiga prefere pular o almoço e fazer uma única refeição além do café, isso pode se tornar um problema. A parada para o almoço, essencial para um, para o outro pode estragar o delicioso dia no parque ou no museu da outra.
  3. Comer bem e conhecer a culinária local está entre os objetivos da viagem? Tem gente que passa a Mac Donald's todos os dias. Outros, precisam de um bom restaurante, não só para matar a fome, mas para saciar a curiosidade, o desejo e a gula.
  4. Acordar cedo, acordar tarde ou sequer ter horário para acordar? Em minha primeira viagem à Europa na companhia de uma grande amiga, colocávamos despertador todos os dias pela manhã, bem cedo, e fizemos isso durante 7 semanas. Daí surgiu o slogan da viagem: “Temos que correr”! Hoje é totalmente impossível me imaginar num esquemas desses. Mas quem curte isso certamente não se permite fazer o oposto e isso pode causar um grande impacto no decorrer da viagem. Já agüentou o mal-humor de alguém que não suporta acordar cedo?
  5. Qual o tipo de turismo pretendido? Se você faz questão do corre-corre para ticar todos os pontos turísticos listados como obrigatórios pelos guias, dificilmente se adaptará às andanças de sua amiga que quer descobrir e explorar a vida local em pequenos bairros da periferia. E vice-versa.
  6. Turismo religioso é interessante? Se você odeia igrejas e sua amiga ama, é pouco provável que ela consiga, por exemplo, convence-la a passar o dia na cidade de Fátima, em Portugal, destino tipicamente católico.
  7. Como você anda? A pé, de transporte público ou táxi? Conheço gente que não pega um metrô, ainda que seja para andar quatro quilômetros, porque quer respirar cada minuto da cidade. Mas também conheço gente que é doidinho por um táxi, mesmo que seja para andar 400 metros no trânsito caótico de Roma ou Paris. E há quem anda o quanto agüenta, pega o metrô para chegar à determinado lugar mais distante e, até se permite a, no fim da viagem, rachar o táxi.
  8. Comprinhas são amadas, admitidas, toleradas ou vetadas? Há quem não ligue a mínima para compras, e leva para casa, no máximo, o pôster do quadro que mais curtiu no museu. Há outros que querem comprar tudo: roupa, sapato, comida, decoração, cama, mesa e banho! Se as amigas estão entre as que admitem e toleram, ótimo. Mas os opostos aqui certamente não se atraem!    Se concluir que as diferenças entre vocês são poucas e há tolerância de ambos os lados, maravilha. Senão, preserve a amiga e preservará também as férias de cada uma! Boa viagem.

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