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23 de agosto de 2009

Andaluzia 2: Las Alpujarras de Granada



Da paisagem seca e gritante de Cabo de Gata, partimos para as Alpujarras de Granada. Um dos roteiros mais esperados, sem dúvida: lá, em uma região que, até a metade do século XX era isolada do resto da Espanha por montanhas de até 3 mil metros, fica Torvizcón, a cidade de meu bisavô, pai de minha avó materna.
Andamos pela Rodovia do Mediterrâneo por um bom tempo e, próximo a Albuñol, começamos a entrar serra adentro. No caminho estreito e sinuoso, a paisagem tipicamente rural, com pueblos minúsculos e animais no pasto, começa a tomar conta. De repente, percebemos que começamos a subir, e esses pueblos pequeninos ficam menor ainda, e somem quando agora o carro vai serra abaixo. Aí, subimos de novo, agora mais alto, tão alto que minha mão suava e, em algumas curvas em forma de cotovelo, tudo o que eu conseguia fazer era torcer para não surgir nenhum carro na mão contrária. E não surgia mesmo. Cruzamos pouquíssimos carros neste trajeto. Já mais perto do destino, o sol do fim do dia iluminava o vale ... tive a certeza de que eu precisava estar ali.


As grandes atrações da região são Bubión, Capileira, Pampaneira e Trevelez. Essa última fica nas encostas da montanha mais alta da Espanha, a Mulhacén.
As casas amontoadas nas cidades, com ruas muitas vezes intrasitáveis de tão estreitas, exibem uma arquitetura bem típica: paredes de pedra, hoje pintadas de branco, telhados planos cobertos por uma argila cinzenta típica da região, denominada launa, que se fecha com a umidade, e se abre quando o clima está seco, e longas chaminés.












A culinária local oferece embutidos, linguiças, grãos e carnes de caça. Embora estivéssemos na primavera, com temperaturas próximas aos 30 graus, os pratos tem cara de inverno, que lá, é bem rigoroso. A morcilla tão falada pela minha mãe e o puchero, especialidade preparada pela minha avó, estão em todos os cardápios.



Os tapetes coloridos de lã, tecidos manualmente, colorem as ruas dos pueblos.



Mas, e Torvizcón?!? Ah, Torvizcón merece um post a parte!

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